sábado, 28 de novembro de 2009

junto às águas da cidade

estes são os pensamentos de clark antes de testemunhar o episódio do barco e da estátua:

balão de cor laranja flutua
nas mesmas águas que outro da mesma cor,
aproximadamente a um ano de distância.

nas águas dos antigos capitães navega.
encontrado por ali, sem destino definido
a mercê das águas, do vento
e das paredes do canal.

simplicidade, procurada desde alguns dias,
encontrando-se com os meus olhos
fazendo-me navegar também nas marés dos pensamentos...

um pouco me sinto
como esse balão
abandonado, possivelmente por uma criança,
para que alguém um pouco mais crescido
se lembrasse de quem já foi.

um balão
como o sol no horizonte
que se põe ao fundo do mar
contemplado em terra.

lembra-me também um pouco
como incerto é o futuro.

um dia o ar que lhe dá forma
tornar-se-à escasso
ele morrerá.

assim como cada uma das pessoas
que tiveram disponibilidade para o observar
ou não.

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